Blaze Bayley é um daqueles símbolos de resistência e amor ao heavy metal. O ex-vocalista do Iron Maiden continua firme e forte, dessa vez com o novo álbum “War Within Me”, repleto de metáforas sobre a guerra.
Sejam espirituais ou físicos, os conflitos parecem rondar Blaze. Logo no começo, a faixa-título apresenta riffs clássicos e a letra que “luta” para responder: “Quem sou eu? Todo dia luto essa guerra interior”. Espécie de afirmação de poder pessoal, no melhor estilo Stratovarius.
Outra guerra mais real chega em “303", sobre pilotos poloneses e tchecos que lutaram na Batalha da Grã-Bretanha, um dos conflitos aéreos mais cruéis da Segunda Guerra.
Já "Warrior" começa como uma balada, com guitarra mais limpa que o comum. Uma das melhores do disco, traz um Blaze mais introspectivo falando sobre a “morte do medo” e retomando a metáfora bélica com versos em que afirma ser um “guerreiro quebrado”.
Uma música que chama atenção de cara é “18 Flights”. Isso porque a música que fala sobre o ritmo intenso das turnês começa falando sobre sua passagem pelo Brasil em janeiro de 2020. Por coincidência, um dos últimos shows que fui antes da pandemia.
No final, três músicas dedicadas a três grandes homens da ciência parecem ser extremamente necessárias em uma época de fake news e descrédito com a comunidade científica por parte de uma parcela da população: “The Dream of Alan Turin”, “The Power of Nikola Tesla” e The Unstoppable Stephen Hawking”.
Para quem achou que Blaze estava parado, “War Within Me” prova que não apenas musicalmente, mas filosoficamente, o vocalista continua firme e trazendo importantes reflexões e mensagens através de suas músicas.