30/06/2022 às 20:01 Entrevistas

Entrevista com Andre Bastos, guitarrista do Twilight Aura

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14min de leitura

Andre Bastos é conhecido por ter sido o primeiro guitarrista do Angra, mas engana-se quem pensa que sua aventura no mundo da música acabou quando ele deixou a banda ainda antes da gravação do “Angels Cry”.

Cerca de 30 anos atrás, ele iniciou a banda que hoje passou a ser conhecida como “Twilight Aura” e acabou de lançar o primeiro disco: “For a Better World”, com ninguém menos do que Daísa Munhoz (Soulspell, Vandroya) nos vocais!

Recheado de participações especiais, que vão de Rafael Bittencourt até Jeff Scott Soto, o álbum é um verdadeiro power metal típico dos anos 1990, candidato forte a um lugar no Top 10 de 2022!

Conversei com Andre Bastos sobre o Twilight Aura, mas também sobre seus tempos no Angra, sua opinião sobre o álbum “Rebirth” e sobre as particularidades do power metal. Boa leitura!

O Twilight Aura está lançando o primeiro álbum “For a Better World”, mas a banda na verdade começou lá na década de 1990. Como foi essa longa caminhada de 30 anos?

Na minha época de escola, pensava em ser músico profissional. Estudava com o Rafael Bittencourt, Luis Mariutti, Edu Falaschi e vários nomes do metal nacional. Saí de lá e entrei na faculdade de música Santa Marcelina, com o Rafael. Lá, já estudava um dos meus maiores ídolos, que era o Andre Matos. Ele era só 6 meses mais velho que eu, mas eu o admirava muito pelo Viper.

Então, ele saiu do Viper, e eu tinha uma banda chamada Skyscraper. Daí, o Rafael me chamou para montar uma banda nova, do zero! O Andre Matos se ofereceu para se juntar. Esse foi o embrião do Angra. Eu estava pensando em largar a música, o Brasil estava em uma crise muito difícil, meu pai estava dois anos desempregado. Eu estava devendo a faculdade. Conseguia pagar parte da mensalidade dando aulas de música, mas estava difícil.

Foi aí que apareceu essa história da banda com o Andre Matos e o Rafael! Bom, o Angra deu certo, mas não deu certo para mim! Fiquei no começo da banda, ensaiei algumas músicas, mas a diferença técnica era clara. Quando o Rafael veio conversar comigo para eu sair, já decidi não fazer mais música profissionalmente. Resolvi entrar na faculdade de Engenharia Elétrica. Hoje, moro nos EUA, vim para cá por isso.

Nesse período pós-Angra, toquei em várias bandas. Fui conhecendo outras pessoas e montei uma banda em 1993 meio por acidente! No bar Black Jack estava tendo um festival e chamamos um baterista e baixista. Sempre quis uma banda com o nome “Twilight”. Perguntei logo quem queria entrar na “Twilight”! Não dei nem opção para sugerir o nome. Inclusive, na época do Angra, sugeri esse nome, mas foi vetado!

Fizemos então um show e foi muito legal. Isso foi de 1993 até 1997. Nesse período, compomos muitas músicas. Eu era o principal compositor. Fiz todas as músicas desse disco que saiu agora já naquela época, entre 1993 e 1997. Tenho outras 10 músicas que não foram gravadas ainda! Ou seja, tem um segundo disco inteiro já escrito só com canções daquela época.

Naquela época vocês já pensaram essas músicas com vocal feminino?

Não! Naquela época não tinha banda com vocal feminino de metal. Era algo muito raro. Essas músicas já eram muito agudas e nosso vocalista da época sofria demais! Ele chegava lá, mas sofria!

O problema é que depois eu estava acabando a faculdade. Aí comecei a viajar e trabalhar muito. Não conseguia mais ensaiar nem fazer show. Pedi um tempo para ver o que ia acontecer. Esse tempo foi indo e só piorou. Comecei a viajar para Alemanha, Estados Unidos, até a hora que fui transferido para cá. Aí não tinha mais como continuar a banda.

Continuamos amigos, inclusive casei com a irmã do baterista. Tudo em família! Depois, o batera mudou para a Austrália. Nosso tecladista Leo começou a se mudar direto também. Ele morou nos EUA, Portugal e Inglaterra. Então cada um mora em um lugar agora.

O legal é que tem gente hoje em dia que conhecia nossas músicas daquela época, como o Anderson Bellini, que é o diretor do documentário do Andre Matos. Ele e outras pessoas sempre insistiram para que eu considerasse gravar essas músicas de uma maneira decente. Só tinha umas demos muito mal gravadas! Muita gente nem sabia quem eu era, mas tinha visto no Wikipedia que o Angra foi formado por Andre Linhares. Volta e meia surgia alguém no Facebook me perguntando se eu era esse Andre Linhares! Eu sou também, meu nome é André Luiz Linhares Bastos. Na época do Angra, ter “Andre Matos” e “Andre Bastos” na mesma banda era complicado, porque o som dos sobrenomes era parecido. Principalmente para os japoneses! Aí, peguei o Linhares naquela época. Aqui nos EUA ninguém consegue pronunciar “Linhares”.

Mas até hoje sempre mantive contato com várias pessoas do meio. Sou muito amigo do Hugo Mariutti, por exemplo. Tocávamos muito no Black Jack na época que ele era do Henceforth. Fizemos muitos shows juntos. Sempre continuei em contato com o Rafael Bittencourt também. Podemos passar um ano sem falar, mas quando nos falamos, falamos por um bom tempo! O Luis Mariutti também acompanhei muito.

Foi então que apareceu uma ideia de tentar juntar os cinco primeiros do Angra para pelo menos tirar uma foto juntos. Eu ia para o Brasil um dia e essa ideia podia rolar. O Marco Antunes, primeiro baterista, topou, mas o Andre não. Aí pensamos em fazer um vídeo para o canal do Luís. Fomos lá em um estúdio e gravamos dois vídeos. Estava eu, Luís, Marco e Rafael pela primeira vez! Isso foi em junho de 2019. Tivemos essa chance, mas ele não quis ir. Depois que eu apareci nesse vídeo, muita gente passou a querer saber mais de mim, como foi o começo do Angra. Sempre conversei com todo mundo, mas nunca tinha nenhuma música minha para mostrar.

O Rafael sempre falava que eu tinha um monte de música. Ele insistiu para eu gravar e lançar isso. Começaram a encher também o saco do nosso baterista Claudio Reis. Aí a pandemia começou e aqueles vídeos de collab surgiram. Comecei a aprender a gravar, pelo menos o básico. Essa ideia de resgatar as músicas do Twilight para gravar voltaram. Nem pensamos em lançar, só gravar mesmo. Agora, quem estaria junto? Perguntei se o Tito Falaschi topava produzir e ele topou na hora! Eu já era muito fã da vocalista Daísa Munhoz e pensei em chamar ela, já que as músicas são agudas. Sempre fui fã de metal com vocal feminino, inclusive Visions of Atlantis é uma das minhas bandas favoritas. Gosto muito de Within Temptation também.

Eu sabia que o Tito tinha produzido a Daísa no Soulspell e pedi para ele fazer essa ponte. Ele disse para a gente gravar o instrumental primeiro, gravar tudo, e aí chegar para ela com uma coisa pronta para apresentar. Escolhemos uma música e gravamos tudo para ver. Nosso outro guitarrista, o Rodolfo Elsas, não tocava guitarra já tinha 20 anos! Ele tinha vendido todas as guitarras. Aí comprou uma guitarra e voltou a tocar bem demais! Praticamente todos os solos do disco são dele. O Tito falou com a Daísa, ela topou conversar e casou muito bem! Apresentei as letras, falei o estilo e tudo mais. Ela foi no estúdio e duas horas depois já me mandou os arquivos! Quando ouvi, fiquei tipo: “Meu deus!!”. Perguntei se podíamos lançar. Aí expliquei que ela seria a vocalista da banda. Ela disse que tudo bem.

Chamamos o Bellini para dirigir o primeiro vídeo, que foi o “Watching the Sky”. Aí lançamos a banda de novo! Quem ajudou nisso foi o Rafael Bittencourt também. Inclusive, ele fala que o Tito é um produtor fenomenal. Várias coisas que eu apresentava para o Rafa, ele falava: “Esquece, joga para o Tito que ele resolve!”.

Como foi gravar cada um em um país diferente?

Pois é! Eu moro em Austin, no Texas. O baterista mora em Sidney, na Austrália. O tecladista Leo Loebenberg fez parte em Portugal, parte em Londres. A Daísa Munhoz é a única que foi no estúdio mesmo, lá em Bauru, e gravou tudo lá. Os demais, foi cada um em sua casa. Aí cada vez que o Tito mexia e mandava a gente ficava tipo: “Nossa! Vai ser assim a música?”.

O Rafael Bittencourt canta na música “Prayer”. Você já observava esse lado vocalista dele lá atrás na época do Angra?

Sim, ele sempre cantou muito bem. Imagina que eu tive o privilégio de ouvir ele cantando “Reaching Horizons” várias vezes na faculdade! Antes, na época do colégio, quando íamos em um barzinho, alguém pedia uma canja e ele tocava essa música! Ele já tocava e cantava muito bem. Quando montamos a banda que veio a ser o Angra, ele ia ser o vocalista. Antes do Andre Matos se juntar, a ideia era essa. Ele teve outra banda com o baterista Marco Antunes e na época andávamos muito juntos. Para mim, ele sempre foi um vocalista. Quando apareceu a ideia do disco, eu falei para ele: “Você está me incentivando a gravar, mas então você vai ter que participar!”. Ele disse que podia gravar um solo, mas eu disse que não, queria que ele cantasse!

Aí ele pediu para eu baixar o tom, porque não rolava cantar na altura que as músicas estavam! Disse que ia mandar e ele podia alterar o que precisasse. Ele mudou tudo! Mudou letra e melodia. Ficou muito mais legal do que eu mandei! Queria que ele cantasse e ele topou. Ficou muito legal a participação dele. Ter ele e a Daísa na mesma música é tipo ter o passado e o presente de uma maneira incrível. Ele sempre incentivou demais que isso acontecesse. Ele nunca me disse que eu não era músico. Disse que eu podia ser bom em engenharia, mas precisava desse lado musical!

O título “For a Better World” já existia lá atrás? Ele fala dessa esperança de um mundo melhor e dialoga muito com esse cenário de pós-pandemia...

Na verdade, até o momento em que começamos a gravar, não tinha título. O mais comum seria pegar uma música e transformar ela em título. A ideia veio da letra da música “Prayer”, que o Rafa canta. Ela fala sobre construir um mundo melhor (“To build a better world”). Pensei que seria um nome legal: “A Better World”. Aí propus para a banda. O Claudio, batera, propôs colocar “For a Better World” e ficou melhor ainda! Na música “Twilight”, que encerra o disco, falamos que “agora é hora de um mundo melhor” (Now is time for a better world).

As letras também foram pensadas agora ou lá atrás quando surgiu o Twilight?

Eu refiz todas as letras, não sobrou nada lá de trás!

O disco tem um estilo bem power metal do final dos anos 1990. Muitos dizem que esse estilo é datado daquela época. Como você analisa esse estilo quando ele surgiu lá atrás e agora em 2022? Como você vê a evolução dessas bandas que se propõem a fazer power metal? Como o Twilight Aura se encaixa nisso?

Boa pergunta! No auge do Helloween com o Michael Kiske eles tinham um baterista fenomenal, que era uma metralhadora! Tinham um baixista fenomenal, que era o Markus Grosskopf, mas as guitarras nunca foram fenomenais. Elas faziam aquela “base helicóptero” quando precisava. Os duetos não eram tão difíceis de tocar, tinham bends desafinados! O Queensrÿche fazia bem isso, com menos velocidade, mas com bastante duetos. Isso era característico dos anos 1990.

O Gamma Ray, quando começou, era assim também. Tinha uma bateria forte, mas as guitarras eram apenas bem tocadas, mas nada demais. A primeira vez que ouvi um power metal com guitarras que não dava para tocar foi quando o Kiko Loureiro entrou no Angra! Na verdade, quando o André Zaza entrou, logo depois de mim, já não dava para tocar, mas depois piorou. Foi naquele momento que mudou muita coisa dentro da estética do power metal. As guitarras começaram a ser virtuose também. Muito guitarrista virtuose começou a ir para esse lado.

Nos anos 1990, muito guitarrista virtuose ia para o instrumental com uma pegada hard rock, tipo o Steve Vai. Quando se observa o power metal, não tinham virtuoses. Ninguém fazia semicolcheia na velocidade que o Kiko começou a fazer. O Rafael também, pois eles faziam as coisas em dueto. Eu sabia que nunca ia conseguir fazer aquilo no Angra. Dali para frente, veio muita banda que faz isso, que tem essa parte virtuose, como o Northtale. Tentar tocar aquilo não é para qualquer um. As coisas atuais do Angra não dão para tocar. Agora, o Stratovarius não é assim. Dá para tocar.

Quando fizemos as músicas do Twilight Aura, éramos daquela época. Não tínhamos os duetos com um monte de nota difícil. Acho lindo, mas não é para qualquer um. Nossos duetos são muito mais parecidos com os do Helloween. Mantivemos isso. Essa é nossa essência. Fazemos um power metal, mas daquele jeito. Acho que o estilo evoluiu, mas cada um tem espaço para ter sua personalidade. A nossa tem essa influência dos anos 1990. Falando sobre o Edu Falaschi, por exemplo, tocar o que eles tocam hoje em dia é complicado! Não só o Roberto Barros, que é um monstro, mas o Diogo Mafra também. Como faz para tocar nessa velocidade? (risos). As guitarras evoluíram muito, mas nós quisemos manter o estilo que lembra mais como era no começo dos anos 1990.

Por falar em guitarras, quais são os pontos altos das guitarras em “For a Better World”? Qual parte você sente mais orgulho?

Foi difícil, porque aprendi a gravar agora! Antigamente, era tudo analógico, mas hoje você ouve cada coisinha errada e quer arrumar. Mesmo para arrumar, não sabia como editar. Tinha que fazer até sair certo. Foi tudo bem desafiador. Nosso outro guitarrista, o Rodolfo, fez solos que amo! O que ele gravou na balada “One Day” acho o mais lindo do disco inteiro! Eu gravei todas as bases e duetos, e a guitarra que acho mais legal é a da “Prayer”, que o Rafa canta. Tem uma parte meio marcha, pesada, e depois abre, aí coloquei uns acordes brigando que casaram legal!

Tem alguma música de “For a Better World” que você chegou a apresentar como ideia em sua época de Angra?

Sim! A música “Sunlight” fiz na banda que eu estava antes do Angra, que é a Skyscraper. Quando saí, trouxe essa música comigo para o Angra e lembro que o Andre Matos gostou dela. Mas acabamos colocando outras na frente e como eu não fiquei no Angra, levei a música junto. Nós não a ensaiamos nessa época, então ficou comigo. Quando montei a Twilight, voltei com a canção. Esse foi o mais perto de ter uma música minha no Angra! (risos).

Como foi a criação do clipe de “One Day”? Tem uma mensagem bonita por trás. E como você avalia a incrível performance da Daísa Munhoz nessa música?

Para mim, a performance dela foi um absurdo! Foi algo maravilhoso e incrível demais. Eu estava de férias na praia, aqui no Texas, e ela estava em Bauru. Ela me mandava mensagem direto falando: “Andre, está ficando lindo! Você não vai acreditar!”. Ela mesma achava que estava ficando lindo. No dia seguinte, o cara do estúdio que ela gravou fez uma rough mix e mandou para mim. Quando ouvi, saíram lágrimas. Imaginava que ia ficar bom. Sou tão fã da Daísa quanto sou do Michael Kiske. Ela ter cantado essa música, que para mim é muito importante, mexeu demais.

A história da letra é um resumo da minha história com minha esposa. Ela é meu segundo casamento e tivemos que superar muitas dificuldades para estarmos hoje juntos aqui. Foi um período longo, começamos 30 anos atrás. A letra fala disso. Quando conversei com o diretor Thiago Kiss, que é sensacional, ele quis entender a história. Ele me perguntou se eu queria um vídeo literal contando a história ou não. Disse que queria algo artístico, ele estaria livre para criar. Só que é importante que o amor vença no final! O Thiago prestou atenção em cada detalhe que falei.

Fui para São Paulo em dezembro e filmamos com a banda. No vídeo, tem uma cena que sou eu e Daísa com um violão. Depois, entra a batera e o baixo. Demos um jeito de filmar eles na Austrália e Londres, com as mesmas características de câmera e luz. Cada um filmou e mandou para o Thiago. Depois, pensamos a história que seria inserida nas cenas. Ele colocou essa ideia de um amor que começou lá atrás, enfrenta dificuldades, e depois vence. Por isso a cadeira de rodas, que é a dificuldade. O casal chorando, mas sempre juntos. Aí no final eles estão juntos, que é quando a Daísa e os atores fazem todo mundo chorar!

Como você convenceu o Jeff Scott Soto a participar do álbum? Ficou muito legal a música “Living is More Than Surviving”!

Todo mundo que é brasileiro conhece o Jeff Scott Soto, né? Ele é um patrimônio brasileiro! Sou muito amigo do pessoal da banda Spektra, que acompanha o Jeff já tem um tempo. Eu tinha uma banda de cover com o vocalista BJ, desse grupo lá em 1995, por exemplo. Aí teve uma fez que rolou o festival Prog Power, em 2015, aqui nos EUA, com o Angra e o SOTO. Fui lá para Atlanta para assistir e aí BJ me apresentou para o Jeff. Eu disse que sempre ia nos shows da Trans-Siberian Orchestra. O Jeff disse para da próxima vez ir de convidado meu! Assim! Naquele momento que me apresentei. Olha como o cara é gente boa, né?

Desde então, sempre nos encontramos muito. Acabamos desenvolvendo uma amizade muito legal. Quando surgiu a ideia do disco, essa música eu já sabia que era a mais pesadona. Lembra muito a banda SOTO, que ele canta. Pensei que se ele cantasse seria legal, aí mandei uma mensagem. Ele me ligou e pediu para eu mandar a música. Aí ele ouviu e falou: “Estou 100% dentro!”. Ele disse que o Alessandro Del Vecchio e o Tony Dickinson estavam dentro também! Aí mandei a letra, ele me mandou umas sugestões, disse para ele fazer do jeito dele. Isso foi num sexta-feira. No domingo, chegou mensagem dele com o link para eu baixar as gravações! O mais legal é que o pessoal da banda não sabia que eu tinha chamado ele! Eu guardei segredo! Aí fiz uma pré-mix e mandei para a banda falando: “Vocês conhecem esse cantor?”, todo mundo ficou tipo: “Caraca! O Jeff vai estar no disco?”. Isso foi muito legal!”

Será que vai rolar uma turnê do álbum?

Acho muito difícil, porque somos completamente independentes. Trabalhamos só com o Metal Relics. Para fazer esses shows acontecerem, não tenho condições de fazer sozinho. Ainda mais porque cada um mora em um continente diferente! Adoraria que tivéssemos uma chance de fazer esse show, mas acho difícil.

O Angra está fazendo uma turnê de comemoração dos 20 anos do “Rebirth” agora. O Edu Falaschi vai fazer também. Como ex-membro do Angra, qual sua opinião sobre esse disco?

Eu sou o fã mais antigo do Angra, porque sou o primeiro! Eu saí da banda em um dia e no dia seguinte já era fã, não era mais membro. Então, tudo que o Angra fez, eu acompanhei. Sem exceção, na fase boa e ruim. Sempre comprei todos os discos. Tenho tudo que o Angra lançou. A única vez que aceitei uma coisa do Rafael foi o “Holy Land”, mas gosto de comprar, sabe? Tenho esse prazer de ir na loja e comprar. Hoje em dia, não acho mais em loja. Mas foi legal poder ter comprado o “Aurora Consurgens” e o “Temple of Shadows” aqui em Austin. Tenho esse apreço por CDs e tenho paixão pelo Angra até hoje.

Sobre o “Rebirth”, fui na gravação do “Live in São Paulo”, em 2001, que foi logo depois do lançamento. Eu e o Edu nos conhecemos muito antes de ele entrar no Angra. Sempre nos demos muito bem tanto com ele quanto com o Tito. Quando ele foi anunciado, soltei rojão, fiquei muito feliz! Fiquei com dó, sabia que ele enfrentaria uma galera que não ia aceitar outro vocalista que não fosse o Andre. Por outro lado, tinha o Shaman. Ganhamos duas bandas. Quando saiu o “Rebirth”, achei um disco absurdo! Achei bom demais, porque veio do “Fireworks”. O “Rebirth” é muito melhor! Aí mudei aqui para os EUA pouco tempo depois. Só vi aquele show do DVD, depois só quando eles vieram tocar aqui.

30 Jun 2022

Entrevista com Andre Bastos, guitarrista do Twilight Aura

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