11/11/2022 às 19:59

Entrevista com Conrado Pesinato (Graham Bonnet Band)

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O guitarrista brasileiro Conrado Pesinato nasceu em Rondônia e já tocou com astros como Nita Strauss e Mike Portnoy. Hoje em dia, integra a Graham Bonnet Band e lançou recentemente o álbum “Day Out Of Nowhere”, pela Frontiers Music.

Conversei com o Conrado Pesinato e falamos sobre várias histórias de sua carreira e também sobre como funciona o mercado do metal lá nos EUA. Boa leitura!

Qual o feedback você está tendo do novo álbum “Day Out Of Nowhere”, da Graham Bonnet Band?

O álbum foi bem recebido para caramba! Ficou número 35 na Billboard de Hard Rock americana. Faz anos que o Graham não entrava nessa lista. Ficamos número 17 no Japão. Na Suécia e Reino Unido foi bem também. Esse é o segundo álbum que faço com o Graham. Produzi e compus também. Na maioria das músicas, o instrumental é meu, mas ele dá ideias, porque toca guitarra também. Ele faz as letras e os vocais.

O que mais chamou atenção é que nesse nós pesamos bem a mão, sabe? Tentei fazer algo mais moderno. Achei até que fui mais longe do que podia! Os fãs dele são mais clássicos. Fiquei com esse medo de estar puxando mais para a sonoridade que eu gosto do metal mais atual. Em termos de YouTube e Spotify, as músicas mais ouvidas são as do álbum novo. Então, acabou que deu certo esse lance de atualizar o som.

Teve alguma música que foi mais desafiadora de compor e gravar?

Sim! Foi o segundo single “Uncle John”. Quase que não entrou! Tivemos uma troca de baterista no meio da gravação. Essa música é em um tempo não muito usado no metal, que é o 3 por 4. Tipo uma valsinha. Aí, para fazer uma valsa pesada foi difícil. Até achar o groove de bateria certo. Eu escrevi o riff e coloquei um groove básico, mas estava pobre. Tivemos dificuldade nesse sentido, quase não entrou no disco.

Como foi o começo do trabalho com o Graham Bonnet? Como surgiu o convite para entrar na banda?

Eu tocava com uma senhora que era viúva do James Brown, chamada Tomi Rae Brown. Ela era backcing vocal e depois casou com ele. Ela tinha uma banda de rock e toquei com ela. O Graham era amigo dela. Isso foi em 2013 mais ou menos. Muitas coisas legais aconteceram na minha carreira nessa época. Ganhei um concurso de guitarra que o prêmio era abrir um show para o Steve Vai.

Fui abrir o show e um dia o Graham chegou para fazer uma canja no Whiskey a Go Go. Ele me viu tocando, conversamos, contei que toquei com o Vai. O Graham tocou com o Vai no Alcatrazz. O Graham sempre fala que o Vai é o guitarrista favorito com quem ele já tocou. Então, nessa nós trocamos figurinha. Ele estava tentando fazer uma versão do Alcatrazz, mas reclamava porque ninguém queria compor. Só queriam tocar os álbuns clássicos.

Claro que para um artista do porte dele, não tem como fugir dos álbuns antigos. Porém, ele ainda tinha muita coisa para dizer. Começamos a trabalhar na ideia da Graham Bonnet Band, fizemos uma turnê em 2014. Nossa conexão sempre foi assim. Ele diz que meu forte é a composição. Não precisa tocar Yngwie Malmsteen nota por nota. O que ele valoriza é a identidade. Nós dois adoramos compor e ficar no estúdio. Fizemos as primeiras músicas, assinamos com a Frontiers Music e o resto é história.

Como é a personalidade do Graham Bonnet? Ele é uma lenda do rock, você certamente sempre foi fã e agora está tocando com o cara!

É engraçado, porque no começo isso aconteceu. Tipo, cresci ouvindo esses caras. Eu sou fã do Ritchie Blackmore e Steve Vai, e o Graham Bonnet é o único cara que cantou com os dois. Eu era fã do Alcatrazz e Rainbow. No começo, fiquei meio de cara de compor uma música com o cara que escreveu com o Vai e Blackmore lá atrás! Precisei me beliscar. A pressão era muito forte pelo fato de ele ter ficado marcado por ser um vocalista que canta com guitarrista virtuosos.

Agora, ele sempre foi muito legal comigo. Ele me disse que quando o Steve Vai entrou no lugar do Yngwie Malmsteen, o Vai estava chorando, porque não conseguia tocar as coisas do Malmsteen nota por nota. Não era o estilo dele. O Graham falou: ‘Faz o seu, chamei você e quero que você seja você. Não quero que você copie alguém’. Foi um grande aprendizado para mim.

Teve uma história engraçada em 2016. Estávamos no Sweden Rock e o headliner era o Queen com o Adam Lambert. Eu estava no backstage. Curtimos o festival, foi um sonho de criança ver os caras do Slayer e Megadeth lá! Fiquei ouvindo as histórias e conhecendo as pessoas. Precisava me segurar para não dar uma de fã e sair pedindo foto com todo mundo! [risos].

Estava me controlando, até que apareceu o Brian May. Aí não deu! Precisei ir lá pedir uma foto com ele. Pedi desculpa e tiramos. Ele foi super legal e perguntou qual era minha banda. Eu falei que era com o Graham Bonnet e ele ficou todo feliz. Ele disse que adorava a voz dele. Eles eram amigos, o Queen e o Rainbow sempre foram amigos.

Fiquei feliz, postei foto no Instagram. Falei isso com o Graham e ele disse que eu não podia pedir foto! [risos]. Ele falou que agora eu era artista e precisava me portar como tal. Ele não foi grosso nem nada, mas deu aquele toque. Foi engraçado porque no outro dia vi no Instagram do Slayer que eles tinham tirado uma foto com o Brian May também! Até o Slayer pede foto com ele. Não me senti tão mal assim depois.

Você é um daqueles casos de brasileiro que fez sucesso lá fora como guitarrista. Quais diferenças entre Brasil e EUA? Os americanos estão muito avançados na indústria do rock/metal? Podemos aprender algo?

Não sei se o termo certo seria “aprender”. Morei na Inglaterra, Irlanda, EUA e percebi que o rock e o metal é a música deles, entendeu? Não adianta achar que não. Hoje, o rock se tornou universal. Tem bandas fenomenais na América Latina inteira. Vários brasileiros estão arrasando, como o Mateus Asato, Bill Hudson, Lari Basilio etc. Isso atesta que talento nós temos de sobra. Temos o domínio da linguagem do rock já.

Agora, momento polêmico! [risos]. Acho que a composição da Inglaterra é mais desenvolvida do que no rock brasileiro. Não na parte instrumental, e sim nas letras. Pode ser por causa da língua inglesa, que não é nativa do Brasil. A Inglaterra ainda tem vantagem em relação aos EUA, é mais refinado. Quando ouço Deep Purple, Iron Maiden e Pink Floyd, vejo uma superioridade.

Então, acho que o Brasil tem um pouco de desleixo em ideias melódicas de voz e letras. No instrumental, o Bruno Valverde está tocando com o Smith/Kotzen. Não tem nem o que falar.

Agora, falta organização e pontualidade no mercado brasileiro. Eu tive alguns trabalhos profissionais no Brasil, mas saí já tem 17 anos. Não tenho mais muita referência. Meu sonho é fazer uma turnê no Brasil com o Graham Bonnet.

Posso estar errado, mas para o metal e hard rock clássico, a Europa ainda está mais forte do que os EUA. O metal americano é diferente, tem a pegada do new metal, do gutural. É só ver os headliners dos grandes festivais americanos. Todos são Sliptknot, Korn, Evanescence, Bring Me The Horizon. É difícil um Iron Maiden ou Judas Priest abrir aqui.

Como você vê a ascensão do Kiko Loureiro como guitarrista do Megadeth?

Ele é o maior exemplo disso. Conheci ele aqui em Los Angeles antes de ele entrar para o Megadeth. Sempre fui fã do trabalho dele no Angra, sou suspeito para falar. A época do Andre Matos é maravilhosa. Perdi um pouco o interesse na era Edu Falaschi. Agora, conheci ele em feiras de música e ficamos brothers.

Acho que ele é um cara muito bom no que faz. Não só como guitarrista, mas como business. A carreira dele é muito bem gerenciada. Ele não erra, é impecável. Um gênio da guitarra técnica. Não tem quem chegue perto dele. Ou seja, essa ascensão dele mostra que o Brasil tem músicos bons de metal.

Como são os bastidores dos grandes festivais americanos?

Toquei no Steelhouse e conheci o pessoal do Saxon, que tem os mesmos empresários que nós. Tem um clima legal. Quando é um festival menor, você consegue acesso para conhecer as bandas. Falei com o H.E.A.T uma vez, fiquei falado sobre equipamento com eles. Você começa a tocar com as mesmas bandas e desenvolve mais contato. Quando o festival é muito grande, os headliners costumam ser mais fechados. Às vezes, dá para ficar convivendo no refeitório do festival. Você pode escolher o prato e tudo mais. A conversa rola ali, mas você precisa ter em mente que não é um fã! [risos]. Você é um trabalhador que está numa situação de trabalho igual eles.

É legal fazer esse networking. Tem que entender que bandas que estão há muito tempo aquilo não é uma novidade. Tem que respeitar o espaço das pessoas. Para mim, esse conflito interno sempre existe. Não posso ser fã e sim profissional. O Graham Bonnet é o ídolo de pessoas que para mim são meus ídolos máximos!

Recentemente, o Iron Maiden fez dois shows na Califórnia. O Roy Z, que produz o Bruce Dickinson, foi convidado nesse último álbum do Graham Bonnet. Então, o Roy me ligou e perguntou se eu não queria ir no backstage, porque o Bruce queria conhecer o Graham! O Bruce gostou da música que o Roy Z participou. Aí, fomos todos lá!

Batemos um papo sobre nosso amor pelo Ritchie Blackmore. Foi legal ver a reverência que o Bruce tinha pelo Graham. Falou que era uma enorme influência. Vi o Bruce dando uma de fã! É uma troca, né? Você é influenciado e depois influencia outros.

Agora, hoje em dia, sei da importância do Graham, mas para mim agora ele é um amigo e colega de trabalho. De qualquer forma, é engraçada essa situação. Dá para ver que tem uma comunidade nesses backstages. Essa cumplicidade tem a ver com o amor pela música.

Você e o Graham Bonnet conversam sobre o Ritchie Blackmore? O que você acha dessa banda Blackmore’s Night?

Tem uma balada ou outra que eu até ouço enquanto jogo RPG! [risos]. Mas não é do nível do Deep Purple nem Rainbow. Eu comecei com o Deep Purple, mas quando passei a ouvir o Rainbow, percebi que foi o auge do Blackmore. Tanto com o Dio, Graham ou Turner. Todas as eras foram impecáveis.

Agora, o Graham conta umas histórias! Teve uma vez que o Blackmore ficou com raiva porque o Graham quis cortar o cabelo! A lenda é que o Blackmore contratou um segurança para não deixar o Graham cortar! A verdade é que o Blackmore ficou um pouco desapontado, porque queria alguém de cabelo comprido. Ele queria mudar o visual do Graham, que sempre usou terninho, meio Las Vegas. O Blackmore queria algo mais sujo, meio roqueirão. Agora, o Graham dizia que o Blackmore sempre fazia muitas piadinhas. Era um cara divertido quando você o conhecia.

Como foi esse projeto de jams que você tocou com vários artistas, como Mike Portnoy e Nita Strauss?

Foi como comecei minha carreira pra valer aqui em Los Angeles. Tinha um promotor aqui que tinha uma noite em um bar. Aí, tinha os músicos da casa e vários convidados vinham. Antes da jam, várias bandas locais se apresentavam. Eu conheci esse produtor e minha banda tocou algumas vezes lá. Ele gostou do meu trabalho e perguntou se eu não queria virar o guitarrista oficial da banda.

Eu falei que sim e tínhamos horários domingos e quartas. Aí, do nada aparecia o Billy Sheehan. Tocamos ‘You've Got Another Thing Comin'’, do Judas Priest, só que eu não sabia! Aí, ele foi cantando os acordes para mim! Ele falava: ‘Agora vai para o Do, Si, Fá sustenido’. Que situação! [risos].

Quando tinha algum evento musical grande na cidade, tipo o Grammy ou a NAMM, aparecia uma galera no bar. Aí, toquei com a Nita Strauss! Foi na festa de aniversário do tecladista do Iron Maiden, o Michael Kenney. Ele se aposentou agora. Na época, a Nita era guitarrista da banda cover The Iron Maidens. Tocamos Iron naquela noite, foi bem legal.

Outra vez, na NAMM, foi quase o Sons of Apollo só que comigo! Era o Mike Portnoy na bateria, Billy Sheehan no baixo, o Bumblefoot na guitarra comigo e no vocal era o Matt Starr. Tocamos AC/DC e tudo. Foi quase o Sons of Apollo, só que sem teclado e sem o Jeff Scott Soto! Isso foi antes da banda existir.

Outra vez, estava tocando em um bar em Hollywood e apareceu o Jimmy Fallon! Ele conhecia o produtor local e já havia trabalhado com ele ainda como comediante de stand ups. Aí, do nada o Jimmy ligou para o produtor e disse que estava na cidade. Arrumamos um show emergencial. Chegamos lá, o bar estava lotado! Ele tuitou dizendo que estaria lá. Montamos tudo e tocamos. Ele bebaço! [risos]. Tocamos Guns N’ Roses, Van Halen, The Doors e mais clássicos. Ele cantou tudo!

Desse pessoal todo que você tocou, algum te surpreendeu no quesito personalidade?

Difícil falar assim, sabe? Sempre tive sorte nesse sentido. Nunca tive nenhuma experiência negativa. O Jimmy Fallon me surpreendeu porque ele era muito acessível! O cara é o maior apresentador dos EUA e estava com uma lata de cerveja barata conversando com a gente! Foi uma experiência positiva.

Para o padrão Los Angeles, o Mike Portnoy ou o Billy Sheehan não são celebridades, sabe? Com todo respeito a esse pessoal. Já toquei com o Sheehan para umas 20 pessoas. A galera ia para tomar cerveja e bater papo. Todos moravam perto. Eles estavam mais relaxados, era o dia a dia deles.

Aqui no Brasil, tem essa discussão de que o rock não está mais conectado com a juventude. Como é essa realidade nos EUA?

Quando mudei para cá em 2010, sentia uma cena de Los Angeles mais viva em relação ao rock. Vários barzinhos e um público de 20 e poucos anos. Muita banda local legal. Lembro de ver o Rival Sons tocando no boteco antes de serem famosos. Era uma cena viva e orgânica. Desses 10 anos para cá, o rock foi perdendo espaço.

Acho que outros estilos como o rap tomaram o lugar. Principalmente em relação ao público de 15 anos. Essa faixa etária perdeu o interesse pelo rock e pela música ao vivo, infelizmente. Não sei se as vendas de instrumento subiram. Agora, aquela rebeldia do adolescente, pelo menos nos EUA, foi para o rap. Essa agressividade dos hormônios que o rock tinha. De sair para tomar cerveja e se revoltar. O rap e o trap tomaram bastante.

É engraçado, porque se o rock vai voltar, vai ser por causa dessa galera. Eles começaram a se apropriar da estética, de usar camisas de banda, piercing, tatuagem, cabelo colorido. Muitos rappers passaram a usar calça colada, tatuagem na cara etc. O Post Malone na época da pandemia fez uma live tocando Nirvana e mandando bem! O Machine Gun Kelly também veio com o pop/punk.

Em 2017, saí da banda do Graham Bonnet por um tempo e comecei a produzir muito artista de rap. Percebi que muitos desses artistas estavam decidindo colocar guitarras nas faixas. Uma vez, uma produtora que já trabalhou com o Drake pediu para eu gravar guitarras distorcidas em um trabalho que ela estava tocando. Posso estar esperançoso demais, mas acho que o rock está sim voltando

Existem os grandes medalhões que conseguem ser headliners do Rock in Rio, como Iron Maiden e Metallica. Quais bandas poderiam abrir um festival tipo o Rock in Rio aí nos EUA?

Aqui, com certeza o Iron Maiden não encheria igual no Rock in Rio. Eles nunca foram tão grandes aqui como são no Brasil. O Judas Priest acho que é maior aqui nos EUA. Aqui nos EUA, tem essa cultura do novo. Quem é o próximo cara? Quem vai ser o próximo sucesso? Hoje em dia, o Five Finger Death Punch tem como abertura o Megadeth. Eles poderiam encerrar uma noite equivalente ao Rock in Rio. O Slipknot também. O Korn, System of a Down e Linkin Park também conseguiriam. O Lamb of God também conseguiria.

O Limp Bizkit não conseguiria e o Evanescence, não sei. É sólido, mas headliner de festival não sei. Conheço o Troy McLawhorn, que era baixista e virou guitarrista. Eles tocam para 10 mil pessoas aqui. De bandas estrangeiras, tem o Rammstein. Já vi eles tocando para 60 mil pessoas aqui nos EUA. O Bring Me The Horizon já toca para públicos maiores que o Iron Maiden, também poderiam ser headliners. Eles tocarão no Download Festival, na Inglaterra, ano que vem.

Agora, sempre tem os tiozões que só ouvem as mesmas bandas antigas, como Kiss, Iron Maiden, Metallica, Guns N’ Roses, mas tem várias que já estão nesse patamar em termos de público. No Rock in Rio, realmente é só Metallica e Iron Maiden!

Aqui no Brasil, os fãs de rock e metal se dividem em nichos. Quem ouve hard rock não gosta de power metal etc. Nos EUA, também é assim?

Acho que de certa forma tem essa divisão, principalmente na Califórnia. É uma divisão etária. Tem uma galera de 50 ou 60 anos em Los Angeles que parou nos anos 1980. Eles vão ver Stryper, Ratt etc. Acho que essa divisão também é racial e cultura. A galera do centro dos EUA, que são mais conservadores e Republicanos, são mais fãs de rock do que a galera das grandes cidades das costas. O pessoal que é mais misturado não são tão fãs do rock.

Uma vez, rolou um festival de emo com o Paramore etc. Minha namorada gosta e eu fui lá. Estava lotado de gente de 30 e poucos anos para ver aquelas bandas! Já estão tendo eventos para mirar essa questão etária. Ano que vem, terá outro festival no mesmo lugar só que na nostalgia do new metal, com Incubus e Korn.

O death metal aqui, tirando a cena da Flórida, parece que perdeu a força. É algo muito underground. Os fãs de hard rock aqui é a galera da época. Não é igual no Brasil ou Europa que tem renovação de fãs. Não vejo gente de 30 ou 40 anos curtindo som oitentista e indo no show do Whitesnake. É bem pouco. É só se você ouviu na época e aí continua fiel.

Quais cidades são as mais roqueiras por aí?

 Aqui em Los Angeles ainda tem uma cena de rock e metal muito forte. O latino gosta muito de metal. Se você for em um show do Iron Maiden aqui, a maioria do público é latino. É engraçado pensar nessa questão sociocultural. A influência latina nas bandas de Los Angeles é forte. Por exemplo, o Kiko Loureiro no Megadeth, o Robert Trujillo no Metallica, o Art Cruz, baterista do Lamb of God. O Dave Lombardo e Tom Araya também.

Em Seattle tem uma cena de rock forte alternativa também. Para o metal pesado e moderno tipo Periphery e Animals As Leaders, é mais perto de Nova York e Boston. Esse movimento surgiu naquela parte do país.

Comente 5 álbuns que mais marcaram sua vida e por quê!

Essa é difícil! Quando ouvi “Fear of the Dark”, do Iron Maiden, aquilo me impactou muito. O Eddie saindo da árvore! O “Appetite For Destruction” também foi importante. O “Black Album”, do Metallica também. Não sei a ordem certa. O “Roots”, do Sepultura”, também, porque eu tocava berimbau e fazia capoeira. Por fim, o álbum “Grace”, do Jeff Buckley, que é maravilhoso.

11 Nov 2022

Entrevista com Conrado Pesinato (Graham Bonnet Band)

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